sábado, 16 de maio de 2009

A Radioctividade cura?... nem pensar!

Embora actualmente quase toda a gente saiba que material radioactivo é extremamente nocivo aos seres-humanos, no inicio do século XX a história era diferente, proliferavam por toda a parte curas e medicamentos baseados na radioactividade.
Tudo começou quando se descobriu que grande parte das fontes termais eram radioactivas, se as fontes curavam o segredo estava na radioactividade! vejamos alguns exemplos...
- Em 1912 surgiu o Revigator que era um "medicamento" feito à base de água com um pedaço de ferro com material radioactivo;
- Como as bebidas pareciam fazer efeitos, apareceram no mercado cremes de beleza, pasta de dentes (parece que a radioactividade torna os mais dentes brancos), sabonetes, supositórios (!) e até mesmo em alimentos, como barras de chocolate.
- Para os que sofriam de problemas respiratórios existiam produtos radioactivos para inalar;
- Para os que sofriam de doenças ósseas existiam peças de roupa radioactivas;
E agora deixo o melhor para o fim: o Radithor, este tornou-se o produto mais conhecido porque matou um industrial milionário dos anos 20 de nome Eben Byers. O Radithor consistia em pequenas garrafas de água (ver imagem) diluídas com pequenas quantidades de rádio. Eben bebeu em 18 meses mais de 1 400 garrafas, para curar uma pequena dor num braço. Devido à quantidade de radioactividade consumida, foram-lhe amputados os dois maxilares, e no seu crânio começaram a aparecer diversos buracos. Morreu em 1932 completamente envenenado pelo Radithor e teve de ser sepultado num caixão de chumbo, e ainda hoje o seu corpo emite radiações!
Foi com este acontecimento e outros que lhe seguiram que estes produtos deixaram de ser fabricados.
Mas porque é que se pensava que a radioactividade curava? De facto as dores passavam, mas não era por poderes curativos, mas sim porque as células em contacto com o produto morriam e os tecidos ficavam praticamente inertes e sem sensibilidade. Em todo o caso foi o fim de uma era, felizmente!

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