domingo, 13 de outubro de 2013

A Ler: Spirou

Muitas pessoas vêem Spirou como uma cópia de Tintim devido à profissão (ambos são repórteres), "proeminência capilar" e a presença de um parceiro que serve como suporte cómico (Haddock em Tintim, Fantásio no Spirou). Apesar destas aparentes semelhanças, as histórias são completamente diferentes, enquanto Tintim se baseia no realismo, a ficção cientifica está sempre presente em Spirou. 
Uma característica presente em na série Spirou é o facto de não ter um autor fixo, tendo tido mais de 10 argumentistas e desenhadores diferentes, cada um com o seu estilo e abordagem às personagens, mantendo-se no entanto uma característica fundamental, Spirou é sempre o herói e Fantásio o seu sidekick. Existe no entanto um álbum (O Vale dos Banidos), em que Fantásio enlouquece e farta-se do seu papel secundário e pretende eliminar o protagonista para se vingar. Apesar de ser uma loucura momentânea, foi quebrada uma barreira interessante na BD, seria o equivalente de Haddock se revoltar contra Tintim, ou Blake contra Mortimer, existindo uma carga emocional na história pouco comum para uma BD que é suposto ser lida tanto por adultos como pelo mais novos.
Já que estamos em maré de comparações, é de realçar que a Revista Spirou ainda é editada mensalmente na Bélgica e França (em Portugal vende-se na Fnac), sendo o grande veiculo para novos autores de BD.

1 comentário:

João Pedro disse...

Barras,

epá, continua com estes posts! Adoro como em poucas palavras captas a essência das coisas, as que importam, e deixas outras para descobrir!

Li, sempre de forma desordenada (não como em outras BD do género) Spirou mas, tal como no post anterior, despertou-me a curiosidade!

Abraço